A hipermobilidade é a capacidade de mover as articulações mais do que as outras pessoas e normalmente isso já é percebido desde a infância, mas isso não necessariamente significa ter alguma doença. Essa avaliação pode ser feita através do exame médico atentando para os ângulos de movimento articulares.
A hipermobilidade é bastante frequente e alguns estudos estimam que esteja presente em algum grau em até uma em cada cinco pessoas, ou seja, 20% da população. Sempre nos chama a atenção as pessoas tem uma hipermobilidade mais importante, como atletas de ginástica, contorcionistas e dançarinos.
Porém, como falamos a hipermobilidade em si não é considerada uma doença, mas a SÍNDROME DA HIPERMOBILIDADE, que é quando essa HIPERMOBILIDADE LEVA A SOBRECARGA DE ESTRUTURAS QUE ENVOLVEM AS ARTICULAÇÕES, ACARRETANDO EM DOR.
E sempre que houver hipermobilidade importante ou que leve a lesões de estruturas articulares, como por exemplo pessoas que tem luxações frequentes (quando a articulação saí de sua posição anatômica, precisando normalmente ser colocada novamente no lugar) temos que investigar algumas doenças genéticas que podem levar a esse quadro.
A importância dessa investigação é que quem tem uma causa genética para esse quadro de hipermobilidade importante, pode ter alterações em órgãos internos que podem acarretar em problemas de saúde mais graves.
As doenças genéticas mais frequentes que podem levar a hipermobilidade são a síndrome de Marfan e a síndrome de Ehler-Danlos, que vamos falar durante essa semana.
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Dr. Guilherme Leví Tres
Médico Reumatologista
CRM 40041/ RQE 34862