A doença de Behçet é bastante comum em países que fazem parte da antiga rota da seda, que se estende da Ásia ao Mediterrâneo, afetando principalmente gregos, turcos, árabes e israelenses, além de coreanos, chineses e japoneses.
O início dos sintomas geralmente ocorre entre os 20 e 40 anos de idade, homens e mulheres são acometidos de forma semelhante. Diferentes genes aumentam o risco de desenvolver a doença de Behçet.
A queixa mais importante é a presença de aftas recorrentes que podem estar associadas ou não a úlceras genitais, lesões de pele, dores articulares, inflamação no olho, alterações neurológicas, intestinais, inflamação e trombose em veias, além da formação de aneurismas em diferentes artérias.
As queixas de doença de Behçet geralmente iniciam com aftas bastante dolorosas, muitos anos antes do diagnóstico. As aftas afetam qualquer parte da boca e variam em número e tamanho. As aftas geralmente duram mais de uma semana e geralmente não deixam cicatriz. As úlceras genitais são mais dolorosas que as aftas, mas elas ocorrem em menor frequência em relação às aftas. Elas podem ser encontradas na vulva (parte de fora da vagina) em mulheres e no testículo ou no pênis em homens.
O diagnóstico de doença de Behçet é baseado nas manifestações apresentadas pelos pacientes e analisadas pelo médico. Não há exame de laboratório que determine o diagnóstico. Após o diagnóstico, o paciente necessita seguir com reumatologista regularmente para avaliar se a doença de Behçet está ativa e qual o tipo de tratamento a ser prescrito.
Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia
Ficou com alguma dúvida? Chame no direct ou deixe sua pergunta nos comentários!
Dr. Guilherme Leví Tres
Médico Reumatologista
CRM 40041/ RQE 34862