Hoje iniciaremos uma série de posts sobre o lúpus.
A palavra lúpus é derivada do latim “lupus” que significa lobo, estima-se que o motivo do nome seja porque as lesões cutâneas ocasionadas pela doença quando não tratadas levam a lesões semelhantes a uma mordedura de lobo.
Lupus também foi o sobrenome de uma antiga família romana e até existe um São Lupus que viveu na cidade de Troyes na França, no século V, mas até hoje não se encontrou relação da doença com a família ou o santo.
A primeira descrição médica da palavra lúpus ocorreu no século X na biografia de São Martinho de Tours, que viveu no século IV e foi monge e bispo na cidade de Tours, na região da Gália. A descrição era seguinte: “Ele estava gravemente afetado e quase foi levado ao ponto de morte pela doença chamada lúpus. A localização da doença não era vista, no entanto, algo como uma linha vermelha fina permaneceu como uma marca de cicatriz.”
Séculos depois, em 1833, Pierre Louis Alphée Cazenave, um médico dermatologista francês, descreveu o termo LÚPUS ERITEMATOSO e suas características, diferenciando do lupus vulgaris, que é uma variante da tuberculose cutânea.
E por fim em 1872, William Osler, médico canadense, por vezes chamado de pai da medicina moderna, chamou atenção da comunidade científica para alterações em outros órgãos e sistemas em pacientes que tinham lesões cutâneas de lúpus eritematoso, cunhando então o nome atual de LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO.
Se você gostou dessa breve explicação sobre a história do lúpus, deixe nos comentários qual doença gostaria de saber mais como foi descoberta.
Fonte: Dubois’ Lupus Erythematosus And Related Syndromes, Eighth Edition
Dr. Guilherme Leví Tres
Médico Reumatologista
CRM 40041/ RQE 34862